Deni Zolin: remoção de telhado e isolamento do Caixeiral começam na semana que vem

A partir da semana que vem, a prefeitura de Santa Maria vai fazer serviços emergenciais para garantir a segurança e a preservação do prédio histórico do Clube Caixeiral, construído em 1926, mas que está interditado e com parte do telhado desabado desde fevereiro de 2018. Por meio de um acordo entre o escritório de advocacia nomeado judicialmente para gerir o clube, a prefeitura e o Ministério Público, chegou-se a um acordo para que o município banque esses trabalhos que são urgentes, já que o clube não tem dinheiro para custear esses serviços. A estimativa é que os trabalhos vão custar R$ 300 mil e serão feitos por meio de uma empresa terceirizada contratada pelo município. Porém, futuramente, o Caixeiral vai ter de ressarcir os cofres públicos pelo que será gasto agora.

Para evitar que a estrutura do prédio seja prejudicada por um eventual desabamento do restante do telhado, engenheiros orientaram que o município isole o edifício, instalando tapumes no entorno do prédio, e remova de todas as telhas e de toda a estrutura de madeira do telhado, que terão de ser removidos do prédio – para isso, será preciso primeiro fazer a escora do telhado. A previsão é que esses trabalhos levem 45 dias para serem concluídos.

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Segundo o procurador geral do município, Guilherme Cortez, esse acordo foi feito na ação judicial em que a prefeitura exigia que o Caixeiral tomasse providências para reconstruir o telhado e garantir a segurança do entorno do prédio. Diante das alegações de que o clube não tem verbas atualmente para realizar esses trabalhos, foi feito esse acordo.

– O município está indo além do que foi inicialmente assumido na ação judicial em que o Caixeiral é réu. Na sequência (após a retirada do telhado), também vamos realizar a retirada de materiais históricos do prédio, em conjunto com a Secretaria de Cultura e o Comphic – diz Cortez.

A advogada Francini Feversani, do escritório Feversani, Pauli e Santos Administração Judicial, que foi nomeado pela Justiça para gerir o Caixeiral, diz que essas obras emergenciais são um grande passo para garantir a segurança de quem passa em volta ao prédio e a preservação da estrutura. Ela disse que a prefeitura fará um laudo estrutural completo do prédio e aguardará as orientações dos engenheiros sobre o que mais será preciso fazer.

– Após a retirada do telhado, mais adiante, será preciso ver que tipo de ação precisará ser feita para evitar infiltrações, se uma manta asfáltica ou outra intervenção – disse Francini.

Clube aguarda por reforma. Fotos: Eduardo Ramos (Diário)

O vice-prefeito Rodrigo Decimo, que lidera o projeto do Distrito Criativo, ressalta que é fundamental a preservação do prédio histórico do Caixeiral para evitar que algo pior ocorra.

– A prefeitura vai dar sua parcela de contribuição, garantindo a segurança do prédio, demonstrando o quanto esse prédio é importante para o município. E mais do que nunca, dentro desse movimento todo que é o Distrito Criativo Centro Gare. Houve um seminário em que a UFSM lançou um edital para que professores e estudantes apresentem projetos de extensão para que sejam aplicados no Distrito Criativo. Tem muitas obras necessárias, mas o mais difícil é ocuparmos esses espaços, que tenhamos movimento nessa região. E a UFSM, assim como a UFN já está fazendo, abraçando cada vez mais esse movimento. E o prédio do Caixeiral entra nesse contexto. Nas condições que está, ideal seria que num futuro próximo a gente pudesse ter ação efetiva de ver o prédio do Caixeiral revitalizado – disse o vice-prefeito.

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